ellauri090.html on line 143: —Não ha exterminado. Desapparece o phenomeno; a substancia é a mesma. Nunca viste ferver agua? Hasde lembrar-te que as bolhas fazem-se e desfazem-se de continuo, e tudo fica na mesma agua. Os individuos são essas bolhas transitorias.
ellauri090.html on line 147: —Bolha não tem opinião. Apparentemente, ha nada mais contristador que uma dessas terriveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse supposto mal é um beneficio, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistencia, como porque dá logar á observação, á descoberta da droga curativa. A hygiene é filha de podridões seculares; devemol-a a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho. Repito, as bolhas ficam na agua. Vês este livro? É D. Quixote. Se eu destruir o meu exemplar, não elimino a obra, que continua eterna nos exemplares subsistentes e nas edições posteriores. Eterna e bella, bellamente eterna, como este mundo divino e supra-divino.
ellauri090.html on line 154: Ouça, ignaro. Sou Santo Agostinho; descobri isto ante-hontem; ouça e cale-se. Tudo coincide nas nossas vidas. O santo e eu passámos uma parte do tempo nos deleites e na heresia, porque eu considero heresia tudo o que não é a minha doutrina de Humanitas; ambos furtámos, elle, em pequeno, umas peras de Carthago, eu, já rapaz, um relogio do meu amigo Braz Cubas. Nossas mães eram religiosas e castas. Emfim, elle pensava, como eu, que tudo que existe é bom, e assim o demonstra no cap. XVI, livro VII das Confissões, com a differença que para elle, o mal é um desvio da vontade, illusão propria de um seculo atrazado, concessão ao erro, pois que o mal nem mesmo existe, e só a primeira affirmação é verdadeira; todas as cousas são boas, omnia bona, e adeus.
ellauri090.html on line 170: Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Para o considerado crítico literário norte-americano Harold Bloom, Machado de Assis é o maior escritor negro de todos os tempos, embora outros estudiosos prefiram especificar que Machado era mestiço, filho de um descendente de negros alforriados e de uma lavadeira portuguesa.
ellauri090.html on line 202: Os críticos notam que na segunda metade do século XIX os intelectuais brasileiros interessavam-se com o "surgimento de novas ideias" como o já citado positivismo de Comte e o evolucionismo social de Spencer. Ao que tudo indica, Machado não compartilhava deste interesse e escreveu seus romances com ceticismo (skeptisesti) a estas escolas filosóficas e políticas. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, por exemplo, um importante aspecto do pessimismo de Brás Cubas é sua visão de que os valores são arbitrários.
ellauri090.html on line 252: Enchem, povoam tudo Täyttää, kolonisoipi kaiken
ellauri090.html on line 304: Ainda assim, aparecem já nos romances da segunda fase, sobretudo em Memórias Póstumas de Brás Cubas e em Quincas Borba, e mesmo em diversos contos, todos os elementos centrais trazidos de forma contundente pelo Realismo: a crítica social, sobretudo uma crítica dirigida à burguesia, a crítica à escravidão, ao uso do "homem pelo homem", a crítica a um sistema capitalista puramente interesseiro, financeiro, calculista do dinheiro pelo dinheiro e da mercantilização da vida, das relações, do casamento etc.
ellauri090.html on line 335: Uma das características mais atraentes e refinadas de Machado de Assis é sua ironia, uma ironia que, embora chegue francamente ao humor em certas situações, tem geralmente uma sutileza que só a faz perceptível a leitores de sensibilidade já treinada em textos de alta qualidade. Essa ironia é a arma mais corrosiva da crítica machadiana dos comportamentos, dos costumes, das estruturas sociais. Machado a desenvolveu a partir de grandes escritores ingleses que apreciava e nos quais se inspirou (sobretudo o originalíssimo Lawrence Sterne, romancista do século XVIII). Na representação dos comportamentos humanos, a ironia de Machado de Assis se associa àquilo que é classificado como o seu grande poder 'analista da alma humana'.
ellauri158.html on line 843: -- P. 3. prop. 41. schol. Gratia seu gratitudo. [in: P. 3. aff. defin. 34., P. 4. prop. 49., prop. 57. schol.]
ellauri158.html on line 878: -- P. 3. prop. 59. schol. Animi fortitudo: animositas, generositas, modestia; fastidium, taedium. [in: P. 4. prop. 46., prop. 69., prop. 69. schol., prop. 73. schol.]
ellauri158.html on line 907: Gratitudo
ellauri158.html on line 966: P. 3. aff. defin. 34. Gratia seu gratitudo est cupiditas seu amoris studium, quo ei benefacere conamur, qui in nos pari amoris affectu beneficium contulit. [in: P. 4. prop. 71.]
ellauri158.html on line 1136: -- P. 4. prop. 71. schol. Ingratitudo. [in: P. 4. app. cap. 18.]
ellauri158.html on line 1203: -- P. 5. prop. 33. schol. Beatitudo in quo consistat.
ellauri158.html on line 1210: -- P. 5. prop. 36. schol. Beatitudo sive libertas nostra consistit in constanti et aeterno erga Deum amore sive in amore Deum erga homines. [in: P. 5. prop. 42.]
ellauri158.html on line 1225: P. 5. prop. 42. Beatitudo non est virtutis praemium, sed ipsa virtus; nec eadem gaudemus, quia libidines coercemus, sed contra quia eadem gaudemus, ideo libidines coercere possumus.
ellauri362.html on line 775: Elämäkerrassa Luiska toteaa. "Olen suoraan ja henkilökohtaisesti velkaa Spinozalle hänen hämmästyttävän käsityksensä kehosta, jolla on 'meille tuntemattomia voimia', ja ihmisestä ( hengestä), joka on sitäkin vapaampi kehon kehittyessä sekä hänen coituksensa liikkeet, hänen virtus tai fortitudo."
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