ellauri090.html on line 147: —Bolha não tem opinião. Apparentemente, ha nada mais contristador que uma dessas terriveis pestes que devastam um ponto do globo? E, todavia, esse supposto mal é um beneficio, não só porque elimina os organismos fracos, incapazes de resistencia, como porque dá logar á observação, á descoberta da droga curativa. A hygiene é filha de podridões seculares; devemol-a a milhões de corrompidos e infectos. Nada se perde, tudo é ganho. Repito, as bolhas ficam na agua. Vês este livro? É D. Quixote. Se eu destruir o meu exemplar, não elimino a obra, que continua eterna nos exemplares subsistentes e nas edições posteriores. Eterna e bella, bellamente eterna, como este mundo divino e supra-divino.
ellauri090.html on line 154: Ouça, ignaro. Sou Santo Agostinho; descobri isto ante-hontem; ouça e cale-se. Tudo coincide nas nossas vidas. O santo e eu passámos uma parte do tempo nos deleites e na heresia, porque eu considero heresia tudo o que não é a minha doutrina de Humanitas; ambos furtámos, elle, em pequeno, umas peras de Carthago, eu, já rapaz, um relogio do meu amigo Braz Cubas. Nossas mães eram religiosas e castas. Emfim, elle pensava, como eu, que tudo que existe é bom, e assim o demonstra no cap. XVI, livro VII das Confissões, com a differença que para elle, o mal é um desvio da vontade, illusão propria de um seculo atrazado, concessão ao erro, pois que o mal nem mesmo existe, e só a primeira affirmação é verdadeira; todas as cousas são boas, omnia bona, e adeus.
ellauri090.html on line 179: Machado de Assis constrói um livro em que cultiva o incompleto, o fragmentário, intervindo na narrativa para conversar diretamente com o leitor e comentar o próprio romance e suas personagens e fato.
ellauri090.html on line 181: Como nota José Guilherme Merquior, os estilos dos livros assemelham-se numa coisa: "capítulos curtos, marcados pelos apelos ao leitor em tom mais ou menos humorístico e pelas digressões entre graves e gaiatas". Além disso, os críticos não deixam de notar que os três livros criticam a sociedade do seu tempo:
ellauri090.html on line 217: Segundo escrevem alguns biógrafos, a madrasta confeccionava doces numa escola reservada para meninas e Machado teve aulas no mesmo prédio, enquanto à noite estudava língua francesa com um padeiro imigrante. Certos biógrafos notam seu imenso e precoce interesse e abstração por livros.
ellauri090.html on line 234: Um de seus amigos, Faustino Xavier de Novaes (1820–1869), poeta residente em Petrópolis, e jornalista da revista O Futuro, estava mantendo sua irmã, a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, desde 1866 em sua casa, quando ela chegou ao Rio de Janeiro do Porto. Segundo os biógrafos, veio a fim de cuidar de seu irmão que estava enfermo, enquanto outros dizem que foi para esquecer uma frustração amorosa. Carolina despertara a atenção de muitos cariocas; muitos homens que a conheciam achavam-na atraente, e extremamente simpática. Com o poeta, jornalista e dramaturgo Machado de Assis não fora diferente. Tão logo conhecera a irmã do amigo, logo apaixonou-se. Até essa data o único livro publicado de Machado era o poético Crisálidas (Koteloita, 1864) e também havia escrito a peça Hoje Avental, Amanhã Luva (1860), ambos sem muita repercussão. Carolina era cinco anos mais velha que ele; deveria ter uns trinta e dois anos na época do noivado.
ellauri090.html on line 276: Tää oli niin lapsellista mussutusta että meni pakosti parodian puolelle. Näkyyhän siitä vähän millaiset roolit oli paljaalla runoilijalla ja sen kirjaa pitelevällä muusalla. Muut runot Kotelossa vaikuttaa vähän sormiharjotuxilta missä nuori Roope koittaa matkia milloin mitäkin kuuluisampaa runoseppoa. Kovin omaperäsiä ne ei ole. Roope ei ollut kotelon parhaiten teroitettu kynä. Jopa värssyt Korinalle (joka oli kai joku Karoliinan edeltäjä) on eri puisevia. Se você pagou por esse livro VOCÊ FOI ROUBADO!
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ellauri090.html on line 301: Seus dois primeiros livros de estreia, Crisálidas (1864) e Falenas (1870), são poéticos. Vinte e dois poemas, escritos entre 1858 e 64, compunham este primeiro livro. Há nestes poemas todos uma emoção "menos desbordante" que o comum lirismo da literatura brasileira. As Crisálidas eram inspiradas pelo higor por intensas emoções amorosas ou pelo belo do feminino.
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xxx/ellauri125.html on line 136: O livro “The Real Lolita”, de Sarah Weinman, resgata a história de duas pessoas cuja história teria colaborado para a formatação do romance “Lolita”, de Vladimir Nabokov. Brian Boyd relata que Vladimir Nabokov leu “notícias sobre acidentes publicadas em jornais, sobre crimes sexuais e assassinatos: ‘um violador de meia idade’ que raptou Sally Horner, uma garota de 15 anos de Nova Jersey, e a manteve em seu poder durante 21 meses, levando-a como ‘escrava’ por todo o país até que a encontraram em um motel do sul da Califórnia”. O nome do homem não é citado. Por que a quase nenhuma importância dada ao caso? Porque, como mostra o biógrafo, o romance de Vladimir Nabokov vai muito além da história de Sally Horner e de seu raptador. Reduzi-lo a isto é reduzir a importância de sua literatura (que nada tem de jornalismo).
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