ellauri090.html on line 32: De pé: Rodolfo Amoedo, Artur Azevedo, Inglês de Sousa, Bilac, Veríssimo, Bandeira, Filinto de Almeida, Passos, Magalhães, Bernardelli, Rodrigo Octavio, Peixoto; sentados: João Ribeiro, Machado, Lúcio de Mendonça e Silva Ramos.
ellauri090.html on line 36: A Academia surgiu mais como um vínculo de ordem cordial entre amigos do que de ordem intelectual. No entanto, a ideia do instituto não foi bem aceita por alguns: Antônio Sales testemunhou numa página de reminiscência: "Lembro-me bem que José Veríssimo, pelo menos, não lhe fez bom acolhimento. Machado, creio, fez a princípio algumas objeções." Como presidente, Machado fazia sugestões, concordava com ideias, insinuava, mas nada impunha nem impedia aos companheiros. Era um acadêmico assíduo. Das 96 sessões que a Academia realizou durante a sua presidência, faltou somente a duas.
ellauri090.html on line 60: [14.3. 9.21] Bo Egov: De acordo com Valdemar de Oliveira, Machado era "rato de coxia" e frequentador de rodas teatrais junto com José de Alencar, Joaquim Manuel de Macedo, e outros.
ellauri090.html on line 66: [14.3. 9.33] Bo Egov: Got it. Machado sounds like a sympathetic guy?
ellauri090.html on line 90: Joaquim Maria Machado de Assis (Rio de Janeiro, 21 de junho de 1839 – Rio de Janeiro, 29 de setembro de 1908) foi um escritor brasileiro, considerado por muitos críticos, estudiosos, escritores e leitores um dos maiores senão o maior nome da literatura do Brasil.
ellauri090.html on line 92: A obra de Machado de Assis constitui-se de 10 romances, 219 contos, 10 peças teatrais, 5 coletâneas de poemas e sonetos, e mais de 600 crônicas.
ellauri090.html on line 96: A crítica moderna chama de trilogia realista os três romances que marcaram um novo estilo na obra de Machado de Assis, a saber Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891) e Dom Casmurro (1899), e que decisivamente também inovaram a literatura brasileira, introduzindo o Realismo no Brasil e precedendo outros elementos da literatura contemporânea.
ellauri090.html on line 100: Quincas Borbasta tykkää vaan kriitikot. Yleisö ei nähtävästi pidä siitä. Mixkähän? Roopea ei pidä sekoittaa samannimiseen "vaikutusvaltaiseen" yltiöisänmaalliseen espanjalaiseen runoilijaan Antonio Machadoon Espanjan punakapinan ajoilta. Isänmaallinen Machado pakeni Ranskaan loppupeleissä.
ellauri090.html on line 103: Quincas Borba is a novel written by the Brazilian writer Machado de Assis. It was first published in 1891. It is also known in English as Philosopher or Dog? The novel was principally written as a serial in the journal A Estação from 1886 to 1891. It was definitively published as a book in 1892 with some small but significant changes from the serialized version.
ellauri090.html on line 105: Following The Posthumous Memoirs of Bras Cubas (1881) and preceding Dom Casmurro (1899), this book is considered by modern critics to be the second of Machado de Assis's realist trilogy, in which the author was concerned with using pessimism and irony to criticize the customs and philosophy of his time, in the process parodying scientism, Social darwinism, and Comte's positivism, although he did not remove all Romantic elements from the plot.
ellauri090.html on line 170: Nascido no Morro do Livramento, Rio de Janeiro, de uma família pobre, mal estudou em escolas públicas e nunca frequentou universidade. Para o considerado crítico literário norte-americano Harold Bloom, Machado de Assis é o maior escritor negro de todos os tempos, embora outros estudiosos prefiram especificar que Machado era mestiço, filho de um descendente de negros alforriados e de uma lavadeira portuguesa.
ellauri090.html on line 175: Machado de Assis é considerado o introdutor do Realismo no Brasil, com a publicação de Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881). Este romance é posto ao lado de todas suas produções posteriores, Quincas Borba, Dom Casmurro, Esaú e Jacó e Memorial de Aires, ortodoxamente conhecidas como pertencentes à sua segunda fase, em que notam-se traços de crítica social, ironia e até pessimismo, embora não haja rompimento de resíduos românticos.
ellauri090.html on line 177: Embora seja chamada de "realista", os críticos não deixam de notar que a riqueza de gêneros e elementos nessas obras também adere resíduos do Romantismo e impressionistas. Além disso, nessas obras Machado de Assis não compactua com o esquematismo determinista dos realistas, nem procura causas muito explícitas ou claras para a explicação das suas personagens e situações.
ellauri090.html on line 179: Machado de Assis constrói um livro em que cultiva o incompleto, o fragmentário, intervindo na narrativa para conversar diretamente com o leitor e comentar o próprio romance e suas personagens e fato.
ellauri090.html on line 196: Os críticos notam que o "Humanitismo" de Machado não passa de uma sátira ao positivismo de Auguste Comte e ao cientificismo do século XIX, bem como a teoria de Charles Darwin acerca da seleção natural.
ellauri090.html on line 200: Desta forma, a teoria do "ao vencedor, as batatas" seria uma paródia à ciência da época de Machado; sua divulgação seria uma forma de desnudar ironicamente o caráter desumano e anti-ético do pensamento da "lei do mais forte".
ellauri090.html on line 202: Os críticos notam que na segunda metade do século XIX os intelectuais brasileiros interessavam-se com o "surgimento de novas ideias" como o já citado positivismo de Comte e o evolucionismo social de Spencer. Ao que tudo indica, Machado não compartilhava deste interesse e escreveu seus romances com ceticismo (skeptisesti) a estas escolas filosóficas e políticas. Em Memórias Póstumas de Brás Cubas, por exemplo, um importante aspecto do pessimismo de Brás Cubas é sua visão de que os valores são arbitrários.
ellauri090.html on line 209: Machado de Assis oli valkoinen portugalilainen äidin puolelta, jolta tuli nimikin Machado. Assis oli ruskeamman isän koirannimi orja-ajoilta, Fransiskus Assisilaisen mukaan annettu. Joaqim ja Carolina tykkäsivätkin koirista, ainakin omasta pienestä bichon friseestä. Luun äidillä oli mopsi, niinkuin munkin äidillä. Ei siis eläinfänin Fransiskus Assisilaisen, vaan tämän paasaajan.
ellauri090.html on line 211: Machado de Assis nasceu em 21 de junho de 1839, no Morro do Livramento, no Rio de Janeiro, então capital do Império, em pleno Período Regencial. Seu pai foi Francisco José de Assis, um "mulato" que pintava paredes, filho de Francisco de Assis e Inácia Maria Rosa, ambos Negros e escravos alforriados.
ellauri090.html on line 212: A mãe foi a lavadeira Maria Leopoldina da Câmara Machado, portuguesa e branca, filha de Estevão José Machado e Ana Rosa. Os Machado imigraram para o Brasil em 1815, oriundos da Ilha de São Miguel, no arquipélago português dos Açores.
ellauri090.html on line 213: Ambos os pais de Machado de Assis sabiam ler e escrever, fato incomum na sua época e classe social. Ambos eram agregados da Dona Maria José de Mendonça Barrozo Pereira, esposa do falecido senador Bento Barroso Pereira, que abrigou seus pais e os permitiu morar junto com ela. Nascera junto a ele uma irmã, que morreu jovem, aos 4 anos, em 1845.
ellauri090.html on line 215: Quando Machado tinha apenas um ano de idade, em 1840, decretava-se a maioridade de D. Pedro II, tema que viria a tratar anos mais tarde em Dom Casmurro. Ao completar 10 anos, Machado tornou-se órfão de mãe. Mudou-se com seu pai para São Cristóvão, na Rua São Luís de Gonzaga nº48 e logo o pai se casou com sua madrasta (äitipuoli) Maria Inês da Silva em 18 de junho de 1854. Ela cuidaria do garoto quando Francisco viesse a morrer um tempo depois.
ellauri090.html on line 217: Segundo escrevem alguns biógrafos, a madrasta confeccionava doces numa escola reservada para meninas e Machado teve aulas no mesmo prédio, enquanto à noite estudava língua francesa com um padeiro imigrante. Certos biógrafos notam seu imenso e precoce interesse e abstração por livros.
ellauri090.html on line 219: Aos 21 anos de idade Machado já era uma personalidade considerada entre as rodas intelectuais cariocas. (Riolaisissa. Akus Ankan nuoruudenkavereita oli papukaija nimeltä Jose Carioca. Daisy on Mexicosta.)
ellauri090.html on line 220: O jovem Machado aos 25 anos, 1864, gostava de teatro e lutava para subir socialmente. Foto: Insley Pacheco (não incluido).
ellauri090.html on line 234: Um de seus amigos, Faustino Xavier de Novaes (1820–1869), poeta residente em Petrópolis, e jornalista da revista O Futuro, estava mantendo sua irmã, a portuguesa Carolina Augusta Xavier de Novais, desde 1866 em sua casa, quando ela chegou ao Rio de Janeiro do Porto. Segundo os biógrafos, veio a fim de cuidar de seu irmão que estava enfermo, enquanto outros dizem que foi para esquecer uma frustração amorosa. Carolina despertara a atenção de muitos cariocas; muitos homens que a conheciam achavam-na atraente, e extremamente simpática. Com o poeta, jornalista e dramaturgo Machado de Assis não fora diferente. Tão logo conhecera a irmã do amigo, logo apaixonou-se. Até essa data o único livro publicado de Machado era o poético Crisálidas (Koteloita, 1864) e também havia escrito a peça Hoje Avental, Amanhã Luva (1860), ambos sem muita repercussão. Carolina era cinco anos mais velha que ele; deveria ter uns trinta e dois anos na época do noivado.
ellauri090.html on line 236: Roope oli Brasilian Tomas Ribeiro. Huom nyt ei tarkoiteta samannimistä Real Housewifejen paljasyläpäistä gigoloa ohjaamassa moottorivenettä, eikä portugalilaista footballeria Tomás Aresta Branco Machado Ribeiroa, jonka nimi tuntuisi luppoovalta, mutta se on born vasta 30 April 1999, vaan Tomás António Ribeiro Ferreiraa (1 July 1831 – 6 February 1901), better known as Tomás Ribeiro or Thomaz Ribeiro, joka oli dago poliitikko, lehtimies, runoilija ja ultraromanttinen kynämies. Eli Roope oli ensi-ihastuxessa Karoliinaan yhtä ultraromanttinen. Myöhemmin sen vähän suspektimmissa aforismeissa lukee ettei samaan naiseen rakastuta 2 kertaa. Paras siis olla lopettamatta kesken.
ellauri090.html on line 279: Diz-se que Machado não era um homem bonito, mas era culto e elegante.
ellauri090.html on line 280: Estava apaixonado por sua "Carola", apelido dado pelo marido. Entusiasmava a esposa com cartas românticas e que previam o destino dos dois; durante o noivado, em 2 de março de 1869, Machado havia escrito uma carta íntima que dizia: "...depois, querida, ganharemos o mundo, porque só é verdadeiramente senhor do mundo quem está acima das suas glórias fofas e das suas ambições estéreis." Suas cartas endereçadas a Carolina são todas assinadas como "Machadinho"
ellauri090.html on line 283: Noutro parágrafo, diz: "Tu pertences ao pequeno número de mulheres que ainda sabem amar, sentir e pensar." De fato, Carolina era extremamente culta. Apresentou a Machado os grandes clássicos portugueses e diversos autores da língua inglesa.
ellauri090.html on line 285: Conta-se que muito provavelmente tenha influenciado no modo de Machado escrever e, consecutivamente, tenha contribuído para a transição de sua narrativa convencional à realista (ver Trilogia Realista). Não tiveram filhos.
ellauri090.html on line 289: Depois do Catete, foram morar na casa nº 18 da Rua Cosme Velho (a residência mais famosa do casal), onde ficariam até a morte. Do nome da rua surgira o apelido Bruxo do Cosme Velho, dado por conta de um episódio onde Machado queimava suas cartas em um caldeirão, no sobrado da casa, quando a vizinhança certa vez o viu e gritou: "Olha o Bruxo do Cosme Velho!"
ellauri090.html on line 291: Machado de Assis e Carolina Augusta teriam vivido uma "vida conjugal perfeita" por 35 anos. Quando os amigos certa vez desconfiaram de uma traição por parte de Machado, seguiram-no e acabaram por descobrir que ele ia todas as tardes avistar a moça do quadro de A Dama do Livro (1882), de Roberto Fontana. Ao saberem que Machado não podia comprá-lo, deram-lhe de presente, o que o deixou particularmente feliz e grato.
ellauri090.html on line 306: Os romances machadianos tratam frequentemente da escravidão sob o ponto de vista cínico do senhor de escravos, sempre criticando-o de forma oblíqua. Sobre a escravidão, Machado de Assis já havia tido uma experiência familiar, quer por seus avós paternos terem sido escravos, quer porque lia os jornais com anúncios de escravos fugitivos. Em seu tempo, a literatura que denunciava crenças etnocêntricas que posicionavam os negros no último grau da escala social era distorcida ou tolhida, de modo que este tema encontra uma grande expressividade na obra do autor.
ellauri090.html on line 310: Machado de Assis escrevia as violências implícitas, como a dissimulação e a falsa camaradagem na relação senhor e escravo.
ellauri090.html on line 329: A frase machadiana é simples, sem enfeites. Os períodos em geral são curtos, as palavras muito bem escolhidas e não há vocabulário difícil (alguma dificuldade que pode ter um leitor de hoje se deve ao fato de que certas palavras caíram em desuso). Mas com esses recursos limitados Machado consegue um estilo de extraordinária expressividade, com um fraseado de agilidade incomparável.
ellauri090.html on line 331: Uma das maiores características da prosa de Machado de Assis é a forma contraditória de apreensão do mundo. Machado em geral apanha o fato em suas versões antagônicas, e isso lhe dá um caráter dilemático. É também uma forma superior e mais completa de ver as coisas. Machado tem os olhos voltados para as contradições do mundo.
ellauri090.html on line 333: Chamamos aparência aquilo que aparece a nossos olhos, aquilo que primeiramente surge à observação; chamamos essência aquilo que consideramos a verdade, aquilo que é encoberto pela aparência. Mas o que tomamos por essência pode não ser mais do que outra aparência. O estilo machadiano focaliza as personagens de fora para dentro, vai descascando as pessoas, aparência atrás de aparência. Por isso, Machado é considerado grande "analista da alma humana".
ellauri090.html on line 335: Uma das características mais atraentes e refinadas de Machado de Assis é sua ironia, uma ironia que, embora chegue francamente ao humor em certas situações, tem geralmente uma sutileza que só a faz perceptível a leitores de sensibilidade já treinada em textos de alta qualidade. Essa ironia é a arma mais corrosiva da crítica machadiana dos comportamentos, dos costumes, das estruturas sociais. Machado a desenvolveu a partir de grandes escritores ingleses que apreciava e nos quais se inspirou (sobretudo o originalíssimo Lawrence Sterne, romancista do século XVIII). Na representação dos comportamentos humanos, a ironia de Machado de Assis se associa àquilo que é classificado como o seu grande poder 'analista da alma humana'.
ellauri090.html on line 337: Machado de Assis, como exímio intelectual e leitor, atribui a sua obra caráteres de arquétipos. Os acadêmicos também notam a constante presença do pessimismo. Suas últimas obras de ficção assumem uma postura desencantada da vida, da sociedade, e do homem. Crê-se que não acreditava em nenhum valor de seu tempo e nem mesmo em algum outro valor e que o importante para ele seria desmascarar o cinismo e a hipocrisia política e social.
ellauri090.html on line 350: Suas mulheres são "capazes de conduzir a ação, apesar do predomínio da trama romanesca não ter se esvaziado." As personagens femininas de Machado de Assis, ao contrário das mulheres de outros românticos — que faziam a heroína dependente de outras figuras e indisposta à ação principal na narrativa — são extremamente objetivas e possuem força de caráter.
ellauri090.html on line 357: Machado dedicou seu último soneto, "A Carolina", em que Manuel Bandeira afirmaria, anos mais tarde, que é uma das peças mais comoventes da literatura brasileira. De acordo com alguns biógrafos o túmulo de Carolina era visitado todos os domingos por Machado.
ellauri192.html on line 323: Though the following list consists of notable literary figures deemed worthy of the prize, there have been some celebrated writers who were not considered nor even nominated such as Anton Chekhov, Jules Verne, Mark Twain, Robert Hugh Benson, Arthur Conan Doyle, Alexander Blok, Marcel Proust, Joseph Conrad, Rainer Maria Rilke, Federico García Lorca, Lu Xun, Sarat Chandra Chattopadhyay, Antonio Machado, Francis Scott Fitzgerald, James Joyce, Virginia Woolf, Simone Weil, Willa Cather, George Orwell, Galaktion Tabidze, Richard Wright, Flannery O'Connor, Langston Hughes and Jack Kerouac.
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